Me inspirando em Lufague, que sempre escreve pensando nos sentimentos entre quatro paredes, me deparei deitada na cama, refletindo sobre os acontecimentos do dia, e os sentimentos que sempre estão dentro da alma da gente.
Sei que falei um montão de vezes com o Grandão, mas sabendo que ele estava tão longe, numa ilha e cheio de pequenos problemas, as palavras misturadas a poemas divagaram em meu ser...
Através da vidraça de minha janela, abre-se a vista de meu horizonte.
É meu canto de encanto, visto de meu recanto, neste domingo que se foi
Vejo as nuvens silenciosas que passam e nelas correm meus sentimentos.
Da janela vejo e sinto os primeiros raios de sol a me acariciar a tez na boa sensação.
Ouço o murmúrio do vento que sopra, vejo a jovem banda de passarinhos a passar, sinto à melodia e o perfume do ar.
Vejo a revoada alegre dos pombos a vaguear em voo simultâneo e festivo e que muitas vezes até me atormenta
No elevado de minha janela, vejo a copa das arvores em sua verde ramagem convexa, O vermelho inclinado dos telhados e o barulho urbano louco alucinado.
Na linha do horizonte, vejo o límpido formato azul das serras na proeminência dos montes. È lá que o sol no ocaso real se esconde.
Na obscuridade que chega à brisa um pouco mais fresca, sob a claridade dos iluminantes, crianças brincam no asfalto a ignorar o trânsito.
A cortar o silencio da noite, o rumorejo dos passantes, vozes de motores, gritos de buzinas, latidos dos cães, numa mistura de ruídos em pulsar de ressonância e sonoridade.
Do elevado de minha janela, sinto que tudo que nos cerca é o cotidiano da vida, ladeado nas casas e prédios de minha rua, em circulação urbana de diferentes sentimentos.
É a harmonia oscilante da dura realidade, ao doce da ilusão a movimentar aqui de meu lugar, a marcha de alguns destinos.
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