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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Aconhego, conforto... colo


Como me sinto? Como se estivesse em uma dessas noites que a gente precisa de um carinho pra sonhar, daquele aconchego, daquela palavrinha no ouvido lhe passando segurança, aquelas caricias no rosto, aquele aperto de mãos com o olhar fixo pro teto do quarto ou até quem sabe pro céu estrelado mesmo já quase na madrugada. Quem não precisa dessas coisas, não há quem diga e nunca vai haver, de um jeito ou de outro, no final todos nós precisamos nos sentir amados, sinto o amor de quem amo, mas não entendo muitas coisas que acontecem comigo...



E sempre que preciso de um colo, de um conforto e alguém para desabafar as únicas que me acolhem são as palavras. Estão sempre aqui para me ajudar e aliviar um pouquinho dessas dores que a vida traz. São meu corpo e alma refletidos em cada texto, mesmo que não sejam muito claros ou devidamente traduzidos, são os meus sentimentos mais verdadeiros e sinceros. Mas não as uso somente quando estou precisando de consolo. Muitas vezes retrato essa felicidade tão intensa que sinto quando estou com algumas pessoas. De qualquer forma, as únicas a quem confidencio meus segredos, saudades, lembranças e minha coleção de dores, sentimentos não correspondidos, etc. são as palavras, que me dizem tudo que preciso ouvir. Queria uma forma de agradecê-las, mas acho que prometer nunca parar de escrever e dar vida à elas já é um bom agradecimento.



Do que eu mais precisei foi de conforto, emocional. Na vida as coisas são tão difíceis, mas escrever me salva a alma, como se o mundo estivesse a espera da minha escrita, e as pessoas estivessem gritando de vontade me ler, “Escreva, Escreva, Escreva!!”. Mas como se isso fosse possível, quando ninguém mesmo me conhece, nem eu própria sei de onde vim, ou pra que exatamente estou aqui. Mas na corrida que eu sempre me perco, há de ter alguém me esperando, há de ter alguém pra me dar um apoio emocional, ou ofensivo.

Eu espero para que todos durmam, mas na maioria das vezes eu durmo primeiro, pois não vejo a hora de chegar em casa e me deitar para me desligar da realidade, as pessoas que já não tem mais prazer em viver deveriam ser chamadas de “anti-vida”, sim, as que perderam totalmente a vontade de levantar e continuar.
Mas mesmo que o mundo acorde sempre de manhã, eu sempre vou ter amor, seja lá de quem for, ou meu próprio, sei que nasci para poucas coisas, e elas são, escrever, amar minhas filhas, minhas netas e os que ainda possa ter, e amar o mundo com sede de viver, mesmo sendo tão dificil, talvez alguém um dia consiga se acostumar com essa rotina de quem é feliz, e por se acostumar tanto, nem perceba que já se é feliz verdadeiramente, sem mentiras.


Um dia na casa mais bonita da cidade, a minha casa com o Grandão, a gente vai se encontrar, eu vou ficar em silêncio, como de costume, é o que eu mais faço, fico em silêncio, e vamos ter uma conversa silenciosa, eu e você, vida.
Vamos discutir esse estado tão vazio em que meu coração e alma se encontra, por não entender pq tamanha crueldade, quero um dia poder ter forças pra mostrar ao mundo que a minha opinião também quer ser reconhecida, apesar de ser injusta, mas o amor que carrego comigo é para os outros, estou disposta a amar qualquer ser, a ponto de perdoar até a mim mesma. A ponto de amar uma criança que não conheço, um adulto que precisar de mim e cuida-los e cria-los para elas mesmas, e solta-lsa no mundo, depois que já se acostumou tanto comigo a ponto de me chamar de velha careta... E assim seguindo entre a chuva e sol... esperando o próximo Verão!!!

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