Assim como sonhar, assim como desejar, assim como querer estar sempre juntos, há a harmonia no abraço, no entrelaçar dos dedos, na magia do encontro, na saudade no minuto seguida da despedida. Nas noites de lua cheia.
Assim como sonhar, deitados em nossa cama, ouvindo as músicas que marcaram e marcam nossa história... já ganhei muitas de você e já consegui lhe dar de presente também.
Assim como sonhar, imaginar nosso amor como uma bela dança, o dançar de dois corpos num mesmo ritmo, numa mesma sintonia, num mesmo compasso, abraço, amasso... espaço.
Assim como sonhar, acordar e sentir a realidade, o arrepio na pele lembrando a última dança.
A dança de dois amantes sem pudor.
A dança de duas almas que se amam, que se desejam, que se querem por toda eternidade..
E por ser assim, um amor cheio de cumplicidade, cheio de carinho, de promessas, de sussurros, de planos, pedidos aceitos ou não...
Somos parceiros...
Nossa dança não termina nunca, ora as palavras ditas bem baixinho enquanto os corpos entram no ritmo da balada, da boca deslizando em beijos o corpo inteiro, dos cabelos fazendo cócegas, até a dor nas pernas de tanto dançar...
O suor, o desejo, o prazer... se misturam, se completam, se entendem...
Encontrei dois textos que traduzem meus pensamentos nesse instante... um de uma pessoa chamada “Flor de Néctar” e outro de Augusto Branco... Na dança que minha mente veio idealizando, para descrever a noite maravilhosa ao lado do meu amor.
Ela dança como se fosse leve, pluma, nada.
Ela sente como se fosse força, peso, tudo.
Externa palavras como se desse uma pirueta.
Demonstra o que sente como se fosse samba.
E todos os gingados requebram com as emoções.
Dança querendo mostrar a vida que não existe negação, quando a aceitação é positiva.
Ela gira, gira, gira e se delicia com a melodia de sentimentos novos.
Não se envergonha com os passos errados e continua no ritmo familiar que já tanto conhece.
Fecha os olhos, mas não fecha o corpo.
Abre a mente, mas não fecha a alma.
Ela consegue ser sexy nas canções menos apropriadas.
Ela é linda, principalmente, quando dança.
E quando não existe música, ela faz aquele som na boca, como quem canta uma canção de ninar.
Abraça o corpo, fica na ponta do pé e sai rodopiando, rodopiando, rodopiando, como se nada fosse parar...
... nem ela.
A DANÇA (por Augusto Branco)
“Ir para a cama com alguém é como aceitar o convite para uma dança.
E a mágica da dança começa antes mesmo dos primeiros passos juntos.
A magia começa com os primeiros olhares, com um sorriso, passa por um bom convite e um estender de mão...
Se o cavalheiro não sabe conduzir a dama, metade do prazer da dança terá esvaído-se no ar.
Mas quando um casal está no salão, e o cavalheiro sabe conduzir a dama com maestria, o que se verá é um lindo par a flutuar com a melodia da canção, e nada será mais prazeroso que aquele movimentar de corpos, aquele inebriar-se de perfume e palavras inconfessáveis ao pé do ouvido, e todo o tempo será pouco para a magia e a delícia de estarem juntos...”