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segunda-feira, 27 de maio de 2013

A viagem e a saudade...

Enquanto ele viaja... a saudade...

Da janela aberta, contemplando a lua cheia, um friozinho entrando, a saudade que insiste existir, o tempo, a vida num todo, a cama em desalinho, a caneca de chá, o pote de pipoca, a TV ligada baixinho, e os pensamentos vagando por aí, sem rumo e sem direção... Maldita saudade que não deveria estar comigo! Xô!
Vejo só em pensamentos todos os sonhos que tive, as viagens que não fizemos, os passeios que lamentamos ter terminado... o medo e a incerteza, as alegrias espontâneas, e os sentimentos que contive para não parecer infantil demais.
É irônico, mas as melhores lembranças que tenho, daqueles inefáveis momentos juntos...
Alguns são de desespero por trilhas e a sua total segurança, lembro dos raios e trovões na linha do horizonte na beira da praia, novamente o meu medo e sua total segurança.
Daí percebo o quanto tenho medo de coisas, o quanto a minha vida foi cercada de vencer a ele, fazer com que ele mesmo existindo eu conseguisse superar.
Percebo também o quanto batalho as vezes por causas quase perdidas, acreditando na força do meu amor.

Vejo com nitidez o esforço que faço para manter a harmonia, para conseguir provar que vale a pena viver, mas nem sempre dá certo.
Não consigo encontrar uma saída, a saída tem que vir do outro lado, mas acredito que colocar na balança uma vida inteira não é nada fácil  nada simples, nada correto.
Correto? O que é o correto?
Amar sem medo, acreditar no sonho, lutar mesmo sem ter a certeza da vitória?

 

A nostalgia, maldita nostalgia, assim tão terna, assim amiga, é a prova que tudo não passou de ilusão, mas sinceramente espero que neste inverno que está chegando, o céu não se turve, enegrecendo as nuvens e levando com a chuva minha esperança, espero que os ventos não carreguem pra longe nada, mas traga algumas das certezas que não consigo sentir.



E novamente, olhando e lua pela janela, a noite fria de final de outono... O coração parece dolorido, angustiado pela ausência, por um sinal de fumaça qualquer além do horizonte.
Vejo o morro, nenhuma luzinha me procura, nenhuma lanterna brinca comigo, o sono eu sei que demora, pois a saudade não deixa...
O chá termina, a pipoca termina, a TV sozinha, volume baixo, apenas ela a a luz da lua invadindo meu quarto, meu mundo, meus devaneios...
Maldita saudade!


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