Seguidores

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Da janela do meu quarto...


Me inspirando em Lufague, que sempre escreve pensando nos sentimentos entre quatro paredes, me deparei deitada na cama, refletindo sobre os acontecimentos do dia, e os sentimentos que sempre estão dentro da alma da gente.
Sei que falei um montão de vezes com o Grandão, mas sabendo que ele estava tão longe, numa ilha e cheio de pequenos problemas, as palavras misturadas a poemas divagaram em meu ser...


Através da vidraça de minha janela, abre-se a vista de meu horizonte.
É meu canto de encanto, visto de meu recanto, neste domingo que se foi
Vejo as nuvens silenciosas que passam e nelas correm meus sentimentos.
Da janela vejo e sinto os primeiros raios de sol a me acariciar a tez na boa sensação.
Ouço o murmúrio do vento que sopra, vejo a jovem banda de passarinhos a passar, sinto à melodia e o perfume do ar.
Vejo a revoada alegre dos pombos a vaguear em voo simultâneo e festivo e que muitas vezes até me atormenta
No elevado de minha janela, vejo a copa das arvores em sua verde ramagem convexa, O vermelho inclinado dos telhados e o barulho urbano louco alucinado.
Na linha do horizonte, vejo o límpido formato azul das serras na proeminência dos montes. È lá que o sol no ocaso real se esconde.
Na obscuridade que chega à brisa um pouco mais fresca, sob a claridade dos iluminantes, crianças brincam no asfalto a ignorar o trânsito.
A cortar o silencio da noite, o rumorejo dos passantes, vozes de motores, gritos de buzinas, latidos dos cães, numa mistura de ruídos em pulsar de ressonância e sonoridade.
Do elevado de minha janela, sinto que tudo que nos cerca é o cotidiano da vida, ladeado nas casas e prédios de minha rua, em circulação urbana de diferentes sentimentos.
É a harmonia oscilante da dura realidade, ao doce da ilusão a movimentar aqui de meu lugar, a marcha de alguns destinos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário